API, máquinas, funções, modos de as definir
Ontem, nas duas aulas de Apoio Pedagógico Individual (API), começou-se ao contrário - primeiro papel e lápis e, depois, applets e jogos online.
Foi mais ou menos assim...
Prof:ª- Gostaste das aulas, hoje?
AlunoG - Yeah! Aprender assim é bué fixe!
Alunos, Matemática e Web semântica
Hoje, já depois do toque de saída - no intervalo, portanto -, alguns alunos ficaram na sala a conversar comigo sobre o Teoremas de Pitágoras (TP) e o Teorema de Tales (TT). Um dos quais, ávido de conhecimento, ficou mais uns minutos para esclarecer dúvidas.
A conversa foi mais ou menos assim:
AlunoD - Professora, eu tanto posso usar o TP ou TT em certos problemas.
Prof. ª- Claro. Usas o que, no contexto, mais te der jeito.
AlunoD - Foi o que fiz.
(...)
Prof.ª- Sabes, o TP e o TP permitem-nos dados dois comprimentos de lados, determinar o terceiro.
AlunoD - Ah, sim!, respondia de olhos cintilantes e faces rosadas.
Prof.ª - Para o ano, i.e., no 9.º ano, vais aprender trigonometria que é genial.
AlunoD - Aquilo do seno, cosseno e tangente...
Prof.ª - Exato! A trigonometria permite-nos resolver um triângulo retângulo, ou seja, dado, por exemplo, o comprimento de um lado e a amplitude de ângulo, determinar os comprimentos e as amplitudes dos restantes lados e ângulos de ângulos, respetivamente. É brutal e bonito!
AlunoD - Pois...Aquilo do seno e cosseno, Professora?
Prof.ª - Mas, espera. Tu já sabes isso?!
AlunoD - Sim.
Prof.ª - Quem te ensinou?
AlunoD - Ninguém. Eu fui aos seus blogues e, como encontrei poucas coisas sobre TP, fui ao YouTube e vi alguns vídeos onde aprendi isso tudo, Professora!
Prof.ª - Ena, ena! Isso muito à frente, miúdo!... Parabéns!
AlunoD -Yeah, professora!
Prof.ª - É assim mesmo que se faz... Usar a Internet em prol da nossa aprendizagem.
AlunoD - Já está a tocar para dentro, professora!
Prof.ª - Ena! Já...
E, pronto, lá fomos nós a correr para a aula seguinte.
:)
Jogos online, papel, lápis e coordenadas
Ontem, nas duas sessões de Apoio Individual a um aluno muito especial, no que à simpatia diz respeito, resolvi, na primeira delas, recorrer a jogos online. Lembrei-me dos posts do "matemboatica" - edublog que criei em 2005 - , e, em menos de 1 minuto, tinha o aluno muito motivado a jogar dois jogos acessíveis a partir de um post há muito publicado, no referido blog, a propósito das coordenadas cartesianas.
Na segunda sessão, aferi a qualidade das aprendizagens do meu aluno do 7.º ano de escolaridade, tendo recorrido aos velhinhos suportes: papel e lápis.
Os resultados superaram as expetativas, o que não me surpreendeu. Os jogos são, de facto, uma ferramenta muito apelativa e com um enorme potencial para motivar e ensinar. Além de Matemática, este aluno, e outros que assistiam e pediram para também jogar, motivei-os para o estudo de outras áreas do saber, nomeadamente língua portuguesa e inglês, geografia, física, etc., uma vez que fui fazendo perguntas sobre os mais variados temas e tópicos que eram necessários à compreensão das regras do jogo.
O aluno em causa estava contentíssimo, uma vez que acertou todos os exercícios que escrevi no seu caderno, enquanto autonomamente jogava. No final, disse - "Afinal, isto é super fácil, professora!"-, e eu fiquei de coração cheio: com aquela sensação única de missão cumprida.
Em suma, é tão bom poder contribuir para uma visão mais correta e positiva da ciência, em geral, e da matemática, em particular. :)
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